sábado, 26 de novembro de 2011

O Guarani

Ação:
A história gira em torno do fidalgo português D. Antônio de Mariz, dono de grande fortaleza. Este desafia o poder espanhol. Além disso, temos também o personagem antagonista Loredano, que sob constante vigia do valente e bondoso índio Peri, planeja queimar a casa de seu patrão, raptar sua filha e encontrar seu tesouro.
Personagens: 
Peri: Índio da tribo Goitocá, amigo de confiança de D. Antônio Diniz, sempre disposto a fazer todas as vontade da filha deste fidalgo, mostra ser valente, honesto, bondoso e puro.
Ceci (Cecília): Filha de D. Antônio Diniz, possuidora de grande beleza, tem cabelos loiros e olhos azuis. Pura e dócil, ao mesmo tempo, possui Gênio travesso. Endeusada por Peri, desperta desejos em Loredano e encanto de Álvaro.
Isabel: Oficialmente sobrinha de de Antonio  de Mariz, mas na verdade é sua filha, é morena e sensual, é apaixonada por Álvaro.
D. Antônio Mariz: Fidalgo português de pura estirpe. Homem generoso, sábio que possui beleza aos 60 anos.
Dona Lauriana: Esposa de D. Antonio de Mariz, egoísta, com gênio completamente diferente do marido, não gosta de índios.
D. Diogo Mariz: Filho de D. A. M, gosta de caçar. Protegido pela mãe e tratado com rigides pelo pai.
Loredano: um dos aventureiros da casa do Paquequer; italiano, moreno, alto, sorriso branco e desdenhoso, ganancioso, ambicioso; ex-padre (Frei Ângelo de Luca), religioso traidor de sua fé.
Lugar:
Serra dos órgãos, às margens do rio Paquequer, afluente do rio Paraíba. 
 Tempo
Cronológico

Trama
É um romance que ressalta a grandiosidade de feitos heróicos do personagem principal, Peri. E que explora as riquezas do Bradil pré-colonial e a cultura indígena. Os acontecimentos são intercalados não seguem uma lineariedade.

Verossimilhança
A obra mostra fatos que são possíveis de acontecer, eu seja, naturais. Apenas ao final existe um exagero sobrehumano do personagem principal, indo este arrancar uma palmeira pela raiz, apenas com a força de seus braços.

Ponto de vista
Os fatos são narrados em 3º pessoa, por um narrador onisciente.
Estilo do romance
Romance aberto que faz a reflexão sobre o início da miscigenação das raças no Brasil. Permite o leitor imaginar como se dará a continuação dos fatos.
É um romance polifônico, pois trata de vários aspectos da vida humana, paixões, virtudes, vinganças. Cada personagem tem sua importância na obra.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Muito barulho por nada -Shakespeare

O Príncipe Dom Pedro, seu irmão bastardo Dom João e seus nobres Cláudio e Benedito regressam da guerra para Messina. Claudio se apaixona por Hero, a filha de Leonato- governador de Messina.  Já Benedito não suporta Beatriz, a sobrinha de Leonato que possui uma língua afiadíssima. Ambos ficam durante quase toda peça fazendo ofensas um ao outro. Cláudio pede ajuda a Dom  Pedro para se casar com Hero. Este o ajuda, mas há um desentendimento que faz Cláudio pensar que seu amigo, Dom Pedro, o traiu. Depois tudo é resolvido. Então Cláudio e Hero se prepararam para o casamento.
Entre os acontecimentos Leonato, Claudio e Hero decidem com a ajuda de Don Pedro, enganar Benedito e Beatrice, fazendo com que confessem seu amor um ao outro.
Entre em cena Dom João, que inveja seu irmão Dom Pedro e detesta Cláudio. Ele arma com um de seus seguidores- Conrado, para acabar com o casamento de Claudio. Conrado deveria levar uma ama de Hero, Margarete,  até a janela da jovem antes do casamento. Então Dom João leva Dom Pedro e Cláudio para a casa de Leonato, onde eles vêem o encontro de Margarete com o Conrado e se convencem de que a mulher na janela é Hero.
Paralelamente a isso, Conrado comenta com alguém a armação de Dom João, e alguns guardas ouvem e os predem. Eles tentam avisar Leonato da armação, mas não conseguem a tempo. O insensato vigilante Dogberry gerencia a detenção dos tenentes de Don João..
No dia seguinte, Claudio humilha Hero publicamente no casamento e a rejeita. Ela desmaia e Leonato, seu pai, é persuadido pelo Monge a fingir que ela está morta até que a situação seja resolvida.
Claudio descobre toda a verdade e fica devastado ao saber que matou  Hero com falsas acusações. Ele implora a Leonato por uma punição, e Leonato diz a ele que sua punição é casar com sua outra sobrinha, que é quase uma cópia da sua falecida filha Hero. Cláudio passa a noite em luto velando por Hero e declara a todos sua inocência.
Dom João escapa de Messina.
Na manhã seguinte, Claudio vai se casar com a prima de sua amada Hero, e quando remove o véu descobre que ela é na verdade Hero. Eles ficam muito felizes.  Beatriz e Benedito quase se separam ao descobrirem que eles foram enganados para que confessassem seus sentimentos um ao outro. No final, quando esta tudo resolvido, Dom João é preso e trazido de volta para enfrentar seu castigo. Benedito e Beatrice acabam se casando .

Esta história shakespeareana denuncia os intempérios que podem surgir no amor. Existem tramas e armações para que as pessoas se unam. Percebemos que todos acontecimentos estão voltados para a realização efetiva ou para a atrapalhar da relação amorosa. É muito bem retrado sentimentos mais gerais da humaniodade, como o ciúmes, a inveja, a lealdade, infidelidade, vingança e amor.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Medeia

Medeia - Comentário
O intuito deste texto é fazer um comentário da Tragédia grega intitulada “Medeia”, escrita por Eurípedis. Para melhor entendimento dos leitores, se faz necessário, primeiramente remontar à antiguidade grega e buscar uma sucinta descrição do significado que palavra Tragédia representou para a singular e admirável cultura grega.
Para os gregos, a tragédia definia uma forma artística, eram encenações das ações humanas envolvendo questões familiares e sociais. A tragédia em questão trata das conseqüências das ações de uma mulher apaixonada e vingativa.
Medeia, foi até as últimas conseqüências para se vingar da traição de seu marido, Jasão. Ela que habituada a trabalhar com magia e venenos, utilizou-se destes artifícios para causar a morte das pessoas queridas e próximas a Jasão. Matando a nova esposa, sogro e os próprios filhos frutos de sua união com o traiçoeiro marido. Medeia não se sente arrependida em nenhum momento de suas nefastas atitudes.
A personagem principal e sem escrúpulos bem sabe que sua natureza é de alguém que é capaz das piores ações para atingir seus objetivos, que nesta caso era a vingança à Jasão, o homem que outrora a fez trair a própria terra e família, como prova de seu amor. Medeia ao final da trágica história, acaba sem família, sem terra, e sem amor. Perdeu tudo que alguém pode querer de mais precioso em vida.
            Afinal a vingança desta mulher não trouxe felicidade a sua vida, mas sim mais desgraças. O intuito de Eurípedes, está explícito, foi realmente causar sentimentos e pavor ou repúdio do público, ou catarse. Pois a assassinato cometido por Medeia pelas próprias mãos de seus filhos, foi o ato extremo de crueldade e loucura da personagem que choca qualquer ser humano comum.
Algo interessante é perceber a influência que os deuses tem na vida destas personagens, pois Medeia e outros na encenação, sempre recorrem às divindades para serem testemunhas ou pedir aprovação destes.